segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Egito e seus absurdos

Como todo mundo percebeu, eu fiz a viagem na hora certa né?
O bicho está pegando pro lado de lá e graças a Deus estamos longe.
Eu não queria falar sobre o Egito agora mas me sinto na obrigação de abrir um parêntese no diário de bordo. O Egito que eu conheci era um caldeirão em ebulição.
Uma das coisas que mais me chamou atenção lá foi a pobreza em que vive aquele povo.
É tanta pobreza que a mendicância virou profissão e, depois de uns dias por lá, você começa a achar os malabares daqui a cara da riqueza.
Era tanta gente pedindo esmola que a certa altura aquilo começou a irritar.
Era assim,  você entra no banheiro e lá sempre tem uma muçulmana, essa mulher te aponta a pia ( vai que você é cega não é mesmo?), e isso é suficiente para ela te pedir esmola.
Aí você está andando com sua família e quer tirar uma foto de todos juntos, passa alguém e você pede como qualquer pessoa normal do mundo pediria e como qualquer pessoa normal no mundo tiraria certo? Errado, no Egito você tem que pagar para isso.
Ai você pega um navio para descer o Rio Nilo, o navio está parado em Luxor e de repente você escuta vozes ao longe. Abre a janela da sua cabine e lá estão eles, os egípcios em canoas gritando algo do tipo:
"Ôla ôla , senhora, 1 euro, 1 euro..."
Pois é e por aí vai...
No Vale dos Reis, um dos lugares mais maravilhosos que fomos na viagem, não pode tirar fotos. É terminantemente proibido. Se você for pego, paga uma multa absurda. 
Para não cair na tentação eu deixei a máquina na van, não resistiria a fotografar a tumba de Tutankamon.
Pois bem, estamos lá na tumba do Ramses II ou quem quer que fosse e, de repente, meu marido é abordado por um dos guardas que tomam conta da tumba. Sim, o cara queria suborná-lo e, caso ele aceitasse, poderia fotografar tranquilamente o que quisesse desde que pagasse, claro.
As pessoas grudam em você, te seguram pelo braço como se você fosse o último sopro de esperança na vida miserável deles.
Não resisti e fiz todo tipo de perguntas aos guias.
O salário mínimo é algo em torno de U$60 e o custo de vida é proporcionalmente bem caro.
A corrupção no governo consegue ser pior do que a nossa, se é que isso é possível.
Quase 80% da população egípcia vive na linha da pobreza.
O dinheiro que entra no país pelo Canal de Suez ( MUITO!!!), é desviado dentro do governo e quase nunca repassado em prol do povo egípcio.
As ruas do Cairo são imundas e o trânsito é tão surrealista que eu não encontro palavras para descrever. tem que ir para saber o que é.
O carro mais visto por lá é Lada , sim aquele russo que foi sucesso no Brasil nos anos 90 e cujo sucesso durou apenas uma estação.
Enfim, não dava para continuar daquele jeito, viver daquela maneira. Tinha que se rebelar sim.
Sou a favor de todas aquelas manifestações, algo tinha que ser feito.
Apesar de tudo isso que vivi lá eu amei o Egito.
Amei visitar os templos, as pirâmides, a esfinge, as tumbas.
Tudo é divino e eu agradeço todos os dias a Deus por ter dado a minha família, a oportunidade de ter ido.
Não sei quando a paz será reestabelecida e quando o Egito voltará a fazer parte do circuito turístico mundial mas, quando isso acontecer, vão e morram de amores como eu morri.
A primeira vez que vi as pirâmides fiquei estarrecida, apaixonada. E ainda teve gente que disse que eu me decepcionaria porque, ao pé da Esfinge, havia uma Pizza Hut.
Lá vou eu levando ao pé da letra e crente que iria comer um pizza no pé da Esfinge. Não é bem assim, tudo fica num parque reservado e a Pizza Hut fica do outro lado da rua. A cidade cresceu sim, desordenada sim, mas as pirâmides estão lá, bem guardas e super bem conservadas.
Desejo que o Egito saia dessa, que o povo egípcio encontre seu caminho, que saia dessa situação absurda que se encontra e que todo mundo possa ter o mesmo prazer que eu e minha família tivemos.
Egito, amor verdadeiro, amor eterno!











segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vamos falar de Petra?

Pois é, Petra!!!
Eu já tinha noção do que encontraria pela frente, tinha visto na novela Viver a Vida e, desde então, fiquei in love .
Aquelas cenas da Luciana rolando na areia com o fotógrafo gato nunca me saíram da cabeça. E teve também aquela outra cena onde a Helena está num tipo de labirinto e o Thiago Lacerda fotografa ela escondido e depois a salva da picada da cobra.
Bom, esse tal labirinto eu não consegui encontrar, e olha que Petra é bem pequenininha viu!
Enfim, chegamos em Petra e a cidade histórica fica dentro de um parque cuja entrada era bem em frente ao meu hotel.
Tudo lá é lindo, me sentia num filme do Indiana Jones. Aquelas paredes imensas, as vezes formando um corredor, simplesmente deslumbrante. Em alguns pontos nem a luz do sol entrava.
E o guia não parava de falar no tal "tesouro". Não fazia idéia do que era mas pelo que ele dizia a gente estava andando em direção a ele.
Imaginei uma arca protegida por uma vitrine blindada e repleta de jóias que os beduínos roubaram do túmulo de algum rei.
Não, não era nada disso.
Ao final desse corredor você se depara com o tesouro, esculpido pelos nabateus (um povo que tinha lá, o guia que me contou) em uma pedra de 40m de altura, uma coisa impressionante.
O porque dessa construção eu não sei, se o guia explicou eu perdí a explicação por que mi spanol és fueda pero no mucho.
O Indiana Jones teve por lá no primeiro filme.
Outra coisa que me deixou impressionada foi o preparo do povo Jordano para receber o turista. Todo mundo arranha o inglês ou o espanhol. (Alô povo brasileiro, vamos se tocar que a Copa ta chegando?).
A senhora que cuidava do chiquérrimo banheiro químico falava inglês e me contou que a filha dela era a vendedora da lojinha ao lado. 
Consegui entender que ela tinha 9 filhos mas a Riniti ( algo parecido com isso) era a que lhe dava mais orgulho.
Mas o fato é que Petra vale cada minuto passado lá e ainda tinha o templo dos reis e o Monastério.
Eu não fui ao Monastério , preferi deixar para uma próxima visita . Mentira, não fui porque era longe, uma caminhada de quase 2 horas e estava todo mundo exausto e o calor senegalês.
Então fica a dica, vá a Petra e morra de amores! Não é a toa que foi escolhida como uma das maravilhas do mundo moderno.

Mohammed, nosso guia querido . Outros Mohammeds vieram mas esse era o mais legal.



O tesouro


Riniti 




domingo, 23 de janeiro de 2011

Frase da semana, ou melhor, do ano!

"Estou me afastando de tudo que me atrasa, me segura, me engana e me retém...Fui ser feliz e não volto!"
Caio Fernando Abreu

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Jordânia

A primeira parada da minha viagem foi Istanbul, não tenho muito o que contar da cidade, preciso voltar. O pouco que ví eu adorei mas não demos sorte com o tempo, pegamos neve e chuva ( olha o pajé aí genteeeee) e só fizemos o básico mesmo.
Deu pra perceber que a cidade é maravilhosa mas o tempo realmente atrapalhou.
Por sorte encontramos o Ata, um turco sangue bom, ex namorado de uma amiga e o melhor anfitrião que alguém pode ter. Ele nos levou a uns lugares nada turísticos e uns restaurantes maravilhosos.
Conseguimos visitar a Mesquita Azul, a Basílica de Santa Sofia (Hagia Sophia) e o Palácio Topkaki.
Era hora de seguir viagem para a Jordânia...
Pensem em um lugar lindo, pensem em um lugar mágico...é a Jordânia!
Se tudo corresse como imaginado eu iria tomar chá com Rânia e nos tornaríamos bff.
Nem tudo saiu como eu queria mas o país é lindo.
Primeira parada foi Amman, a Cidade Branca.
Sim, Amman é branca e as vezes bege. Não há uma só casa colorida na cidade.
Mesmo assim amei. A noite a gente jogava boliche no hotel e aproveitava pra tomar cerveja porque lá, mesmo em lugares turísticos, a cerveja é sem álcool e , como diria meu amigo Diego, "eu não sou obrigada!".




Um dia fomos visitar uns castelos no deserto e pegamos uma tempestade de areia, ou "tormenta de arena como dizia o Muhammed nosso guia.
Aliás, Muhammed nos países árabes é pleonasmo, se você gritar todos respondem.
Essa passeio foi surrealista, chegamos no deserto, debaixo da tempestade, tudo branco, nada ao redor e lá, bem no meio da nada, um beduíno e sua tenda onde tomamos o melhor chá da viagem. Quente e saboroso.
De quebra, ele emprestou seu casaco a minha filha, estava um frio de rachar e ela usou para visitar os castelos.
A hospitalidade do povo Jordano é incrível, eles fazem tudo para te agradar e sem esperar nada em troca, bem diferente do egípcio. Mas isso é um post a parte.





Outra visita maravilhosa foi a Jerash, uma cidade linda e também ao Mar Morto.
Se tem uma coisa que posso afirmar é que ele é salgado pra c*
Caí na asneira de provar a água, já que estava frio e nadar estava fora de opção Bastou enconstar o dedo na língua para entender porque o mar é "morto". E olha que eu gosto de sal viu!
Pois é, não tive a experiência de boiar naquelas águas mas, em compensação, trouxe tanta lama que terminarei 2011 com a pele de pêssego.
2012 que me aguarde!!!
Também fomos ao Monte Nebo, sim, foi de lá que Moisés avistou a Terra Prometida. Eu tive menos sorte que Moisés, estava nublado e não deu pra enxergar.
Enfim, visitamos tanto templo, tanta ruína, tanta igreja, que a ordem cronológica está um pouco confusa na minha cabeça.
O fato é que a Jordânia vale a pena, e ainda tinha Petra que merece um post inteiro dedicado a ela.
Aguardem posts dos próximos capítulos!






sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

I'm back!!

Cheguei, mas até quando eu não sei.
Abandonei o blog mas juro que não faço mais isso, pelo menos por enquanto.
Como vocês perceberam o blog ta de cara nova, mas ainda não é definitivo. Contratei uma design gráfica renomada a Thatiana Penna e vocês sabem como são esses profissionais estrelados não é? Muitas reuniões para aprovar, ajustes daqui, ajustes dali e quando você acha que está pronto, lá vem ela e muda tudo.
Coisas de estrelas!
Minha estadia na Bahia foi a mesma coisa de sempre, muita bebida, muita comida, muito sol e pouco exercício. Prefiro focar na viagem pelos países árabes essa sim recheada de histórias.
Quanto a Bahia, prefiro explicar em fotos, são imagens que valem mais que mil palavras.

O céu ficava assim:

Mas as vezes nublava e ficava assim:

Fui almoçar em  Diogo, no maravilhoso Sombra Da Mangueira e encontrei Claudinha Leitte

O caminho até a praia passava por aqui
Fiz uma tatoo de henna e ficou assim
Tomei muitas "roskas" trazidas pelo galanteador Osório
 Meus amigos não apareceram em casa mas encontrei eles no Souza
Passei um dia no Yatch Clube e a vista era essa

E quando eu queria sassaricar era pra lá que eu ia, movimentada a vila não?

Enfim, essa é a  minha vida, esse é o meu mundo! Nextel!!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Juro que nāo morri, juro que nāo sou o elemento surpresa que entrará na próxima semana do BBB.
Tambem juro que não abandonei o blog.
O fato é que estou na Bahia, num ócio criativo associado a uma preguiça inenarrável.
Semana que vem estou de volta e prometo contar tudo que aconteceu nesse meu período de sumiço.
Da minha experiência no mundo àrabe a minha vidinha dura na Bahia!
Entao ta combinado, beijo e me liga!!!